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A linguagem é uma forma importante de interação entre os indivíduos. Mais do que relacionar necessidades e ofertas, ela se torna importante quando se trata do imaterial. Todos já tiveram a experiência da incapacidade de transmissão de um sentimento ou sensação. Mas quando falamos da possibilidade do desaparecimento de toda uma cultura, o risco é muito mais grave.
Com a perda da língua, também se esvai todo o valor da cultura, história, aprendizado e contextualização daquela cultura. Perdendo isso, um povo perde seu valor, auto-estima e a evolução de todas suas gerações.
Com uma língua desaparecendo a cada 2 ou 3 semanas, e a metade das línguas existentes em risco, percebemos que a perda de informações, culturas e diversidade, pode ser mais urgente que a nossa capacidade de reverter esse processo. Grandes mudanças na sociedade caminham no ritmo político, que tem interesses e velocidade própria, dificultando o processo de discussão em grande escala.
Em um país de dimensões continentais, a preservação da cultura é fragmentada e realizada em maior parte de forma descontextualizada. Em um momento decisivo no entanto, temos a oportunidade de reverter essa situação.
Atualmente existem vários projetos em atividade, como o do Banco Real, Unesco, Minc. Apesar disso, observamos que a grande mídia, cujo poder foi cedido pelo Estado para a transmissão de informação e cultura, está se transformando em um reprodutor de valores de massa, excluindo a cultura local, suas características e expressões.
Leituras recomendadas: Revisão da lei de direitos autorais, Minc, A IMPRENSA E O DEVER DA VERDADE, Rui Barbosa.
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